sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Produto Final e o Projeto de um PCN


Tenho participado ativamente de dezenas de projetos relacionados com continuidade de negócios nos últimos 20 anos.
Nos primeiros anos tive apoio de colegas americanos que me auxiliaram a trabalhar utilizando as melhores práticas não permitindo que soluções simplistas fossem priorizadas. Charlotte Hiatt e Jon Toigo foram dois parceiros nestes tempos, lá nos anos 90.
Uma das maiores simplificações que tenho encontrado é a tentação de se desenvolver um PCN tendo como referência o produto final.
Para esclarecer vou fazer uso de uma analogia.  Se você quer uma casa de campo e estimar o seu custo será necessário que você defina, no mínimo, onde será a casa de campo, para quantas pessoas, quais as facilidades desejadas, qual o tipo de acabamento. Com estas informações será possível a elaboração de um projeto com o respectivo custo de construção. Com o projeto e custos aprovados pode-se iniciar a construção da casa.
A construção de uma solução de continuidade de negócios é semelhante. Primeiro é necessário obter a resposta de algumas perguntas tais como, quais serviços e processos deverão ser pririzados, quais o requisitos de continuidade que deverão ser atendidos (tolerância a paralisação e tolerância a perda de dados, por exemplo), onde, etc. Estas respostas são obtidas pelo projeto do PCN. Com o projeto do PCN pode-se fazer o projeto de detalhamento e implantação da infraestrutura necessária para atender ao PCN.
O projeto de concepção de um PCN é a parte de menor custo no projeto de implantação da continuidade de negócios.  A tentação de se iniciar pelo projeto da infraestrutura deve ser evitada. Ela leva a um projeto equivocado onde investimentos são mal direcionados, levando a um resultado ineficaz e por vezes inviabiliza a implantação do PCN pelo custo exorbitante.
Abraços,
Fernando Saldanha

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