sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pela ART gratuita !!!!!

Após todo desastre relacionado com construção civil e assuntos afins sempre aparece alguém de algum CREA para dizer que a situação encontrada estava "ilegal" uma vez que não havia registro de ART no CREA.
O registro da ART identifica o responsável técnico e só. Não embute nenhuma fiscalização no trabalho executado.
A ART é um registro ao qual está vinculado o pagamento de uma taxa proporcional ao valor do serviço executado. Ou seja a ART é um registro e um imposto.
Para que haja um aumento do registro de responsabilidade técnica é determinante que a ART seja apenas e exclusivamente um registro obrigatório, como já é hoje, isento de pagamento. Que a ART seja apenas um registro e não um imposto.
Pela ART gratuita !!!!!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Colapso de Edifício - Você está preparado?

O colapso de três prédios comerciais no centro da cidade do Rio de Janeiro é motivo de reflexão.
A primeira questão é encontrar a explicação da causa da queda dos prédios. Isto é um trabalho que exigirá estudo, investigações e análises para que se possa ter um parecer consistente. Antes destes estudos qualquer conclusão será precipitada.
A segundo é referente ao impacto que este desastre terá nas empresas afetadas.
É importante observar que as empresas afetadas não se restringem àquelas situadas nos prédios que ruíram. Como afetadas temos também as empresas dos prédios do entorno e as empresas que tinham forte dependência de empresas que tinham seus negócios localizados neste edifícios.
Desta forma temos três tipos de impacto:
  • Impacto direto, destruindo em parte ou totalmente as instalações físicas das empresas.
  • Impacto indireto, inviabilizando temporariamente o acesso às instalações físicas das empresas.
  • Impacto indireto na cadeia produtiva impactando o fluxo de informações (estamos considerando apenas a relação de dependência de sistemas e serviços burocráticos).

Para que as conseqüências deste desastre sejam administráveis é necessário que estas empresas estivessem adotando uma gestão de continuidade de negócios.
A cópia de dados mantida em local externo é uma prática que não pode deixar de ser adotada.
Todos os programas e softwares utilizados também devem possuir cópias em locais externos.
A prévia identificação de um local para trabalho em caso de emergência também é uma prática importante.
Tais ações demandam um trabalho prévio, que dependendo do porte da empresa e do seu tipo de negócio, pode ser um investimento significativo, mas proporcional ao porte do empreendimento.
Toda empresa possui algum procedimento pertencente ao conjunto de ações de Gestão de Continuidade. O importante é saber se os procedimentos em uso são adequados e suficientes para que desastres possam ser superados com a menor perda possível.
Empresas de médio e grande porte não podem se limitar a ter processo isolados. Neste caso é necessário que haja um efetivo Plano de Continuidade implantado para garantir que a sobrevivência da Organização seja factível. É isso que clientes, parceiros, funcionários e acionistas esperam de um gestor.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Poda, o Apagão e a Gestão de Risco

No dia 24 de janeiro FURNAS informou que um curto-circuito causou uma falha no fornecimento de energia elétrica na Cidade do Rio de Janeiro. Neste acidente um funcionário saiu ferido e outros tantos cidadãos e negócios foram prejudicados.
Este curto-circuito foi decorrente de um erro. Pode ter sido um erro  humano, de procedimento, de planejamento, de equipamento...
Por outro lado  a falta de energia elétrica em locais críticos do Rio de Janeiro foi decorrente deste incidente e decorrente de uma gestão do risco "falta de luz devido a falha da concessionária" precária.
As imagens divulgadas mostram o salão de passageiros do Aeroporto Intencional do Rio de janeiro às escuras. Neste local deveria haver iluminação de emergência e um gerador deveria fornecer energia para iluminar minimamente o ambiente.
Didaticamente a possibilidade da falta de energia elétrica para iluminar o salão de passageiros deve ser prevenida por alguns controles, dentre eles a iluminação de emergência que utiliza baterias ou no-breaks. Num segundo estágio, havendo este apagão ele deve ser respondido por controles reativos, que a título de exemplo são os geradores.
Este é um modelo de gestão de risco.
Identifique o que você não quer que venha a acontecer. Identifique e implante controles preventivos. E identifique e implante controles reativos para o caso da concretização do evento que você quer evitar.
O aeroporto às escuras Foto: O Globo / Hudson Pontes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Naufrágio e Suas Lições

1. As instruções de segurança tem que ser passadas para os passageiros no início da viagem. É usual estas instruções serem passadas no segundo dia de viagem.
2. As instruções tem que ser passadas logo após cada embarque e não apenas após os principiais pontos de embarque.
3. Comunicação é fator chave de sucesso. Num cruzeiro temos uma torre de babel. Na maior parte dos cruzeiros os oficiais falam italiano e o restante da tripulação fala umas quatro ou cinco outras línguas, entre elas filipino, espanhol, português, inglês. O mesmo acontece com os passageiros. Em momentos de crise a correta comunicação pode fazer a diferença entre o sucesso e um desastre.
4. Treinamento é ponto crucial. A tripulação de um cruzeiro é composta de mais de 1000 pessoas. Boa parte dos componentes da tripulação é composta por jovens recreadores, dançarinos, músicos, cantores que trabalham por temporada. Eles não são tripulantes "profissionais". Este grupo não possui a devida experiência em situações de crise. Neste momentos o equilíbrio emocional deles se assemelha ao equilíbrio emocional de um passageiro, comprometendo sua participação na equipe de controle dos passageiros.
Estas quatros lições relativas a treinamento e comunicação ressaltam a importância do fator humano numa situação de crise.
Treinamento e comunicação são armas poderosas em qualquer situação de emergência.

PS: Em 02 de março de 2009 publicamos um artigo sobre um incidente no Costa Romântica onde treinamento e comunicação também eram destacados. http://gerisco.blogspot.com/2009/03/incendio-no-costa-romantica.html

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Seguradoras e o Carnaval

Recentemente dei uma entrevista onde fui questionado sobre recomendações para quem for brincar no carnaval de rua.
Rapidamente me lembrei de um filme com orientações para os peregrinos que vão ao  Hajj. Este evento reúne provavelmente a maior multidão no mundo. Neste vídeo os peregrinos eram orientados a não levar crianças, idosos, pessoas com dificuldade de locomoção, que não levassem malas e volumes, e que respeitassem os horários pré-definidos pelos organizadores para a ida aos lugares sagrados para cada grupo de visitantes.
O carnaval de rua no Brasil não é o Hajj, mas as multidões envolvidas são grandes. A principal recomendação que posso dar é para os organizadores e para as Prefeituras. Devemos incentivar que os blocos dos bairros sejam priorizados. O folião deve dar preferência para os blocos que ele possa ir a pé. No Rio de Janeiro em Ipanema o domingo de carnaval tem uma certa semelhança com Copacabana no dia 31 de dezembro. Todas as ruas próximo à praia ficam tomadas de gente, com ou sem bloco passando. O transporte público tem dificuldade em atender à demanda existente. Ainda não se achou uma solução satisfatória. Este não é um problema restrito ao Rio, é na Cidade Maravilhosa onde ele se apresenta de forma mais crítica.
No carnaval de 2011 as ruas da Zona Sul e do Centro da Cidade do Rio apresentaram uma ocupação numa densidade de pessoas acima do razoável. O desafio deste ano é fazer com que os foliões se espalhem pela cidade reduzindo a concentração em determinados bairros.
Em paralelo os organizadores devem divulgar de forma enfática tudo aquilo que se espera de boas práticas dos foliões e como serão disponibilizados os serviços que irão dar segurança e um mínimo de conforto a todos. A distribuição de guardas municipais a agentes de trânsito (para cuidar do trânsito dos veículos e das pessoas) é fator indispensável para que a multidão se sinta segura.
Como sugestão fica a idéia de exigir que cada bloco seja obrigado a ter uma apólice de seguro contra danos que seu desfile possa causar. Isto irá obrigar que os blocos reforcem sua estrutura e fazer com que as seguradoras ao serem contratadas fiscalizem o correto e seguro planejamento da festa.
E sendo assim, as seguradoras poderiam até ser patrocinadoras dos blocos, desde que eles sejam suficientemente seguros e organizados.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Boas Práticas para Pedestres

Está na hora de adotarmos as boas práticas de movimentação de pedestres.
Vamos adotar a ajudar a divulgar estas práticas !!!

  • Nas escadas rolantes se você for permanecer parado, mantenha a sua direita e deixe livre o lado esquerdo para quem estiver se movimentando ou com pressa.
  • O mesmo comportamento deve ser adotado nas esteiras rolantes. Fique parado no lado direito e deixe o lado esquerdo livre para as pessoas que estejam andando.
  • Nos corredores de comunicação em locais de grande público como estações ferroviárias, aeroportos e, estações de metrô, procure se movimentar mantendo a sua direita.

Estas regras são válidas para o Brasil, para os Estados Unidos e países europeus, mas não é universal. Na Inglaterra você deve manter a direita nas escadas rolantes e a andar no lado esquerdo. Em Singapura, você deverá se manter no lado esquerdo nas escadas rolantes e ceder passagem pelo lado direito.
 Não há certo ou errado. É apenas uma convenção de acordo com a cultura e práticas locais.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Gestão de Grande Público é Assunto de Segurança?

A resposta é sim. Sim é um assunto de segurança do público. Não um assunto de proteção do patrimônio do promotor do evento. O correto foco permite a correta adoção de medidas preventivas. Quem estiver trabalhando com Gestão de Grande Público e Multidão deve ter em mente que sua função é garantir a integridade física das pessoas.
Esta semana, no jornal O Globo, discutiu-se o procedimento adotado pela SuperVia na gestão do público. Por um lado representantes dos vigilantes diziam que a SuperVia estava utilizando uma equipe de "Controle" e que este termo era para disfarçar a verdadeira face desta equipe que seria de  "Vigilante". Por outro lado observamos que tal grupo de "controle" está sendo utilizada efetivamente para enfrentar o público e controlar seu comportamento.
A SuperVia até acerta ao diferenciar a equipe que se dedica a gerir o público da equipe de segurança e vigilância. Gestão de grande público não é um assunto de polícia. Mas erra ao utilizar o termo "controle". Não se deve tentar controlar o público e sim geri-lo para que não haja necessidade de controlá-lo. Controlar uma multidão é uma tarefa de força de segurança pública. Desta forma a SuperVia erra ao agir corretivamente e não preventivamente. As condições oferecidas ao público são deficientes e causam situações de risco para os passageiros implicando em situações onde é necessário a adoção de medidas de controle.
Os representantes dos vigilantes também erram ao querer defender seu espaço de trabalho, ocupando uma atividade para a qual eles não estão capacitados. Proteger o público é uma função, exercer a atividade de vigilância, é outra função.
Por último errou o jornal ao não perceber que o foco do assunto é o conjunto do serviço oferecido para o público que é deficiente e coloca o público em geral em risco.
Cabe observar que no caso estamos nos referindo à SuperVia, mas em geral os gestores de área de transporte coletivo tem pouca competência no que diz respeito à segurança oferecida aos passageiros. O assunto segurança tem sido dominado pelo viés da segurança policialesca, onde a preocupação está focada em prevenir roubos, furtos e casos de vandalismo. As melhoras observadas nos indicadores de segurança pública irão permitir que tenhamos agora uma maior atenção para a preservação da integridade física das pessoas. Segurança também é oferecer condições confortáveis para as pessoas. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Escadas Rolantes Podem Ser Perigosas

Todo administrador que tem pelo menos uma escada rolante no local que ele administra teoricamente sabe que este aparelho é traiçoeiro com potencial de machucar pessoas caso algo saia do normal.
Hoje, dia 03 de janeiro de 2012, acabei de presenciar um exemplo deste tipo de perigo. Num local com grande movimentação de pessoas, boa parte delas carregando malas ou volumes, um senhor perdeu o equilíbrio na saída da escada que o levava do primeiro andar para o térreo. O desdobramento da queda foi a queda de outras pessoas umas sobre as outras precisando que um agente de segurança intervisse para minimizar o incidente.
Utilizando nossa método DIM - ICE de gestão de multidão, identificamos uma falha na instalação física. A saída da escada era estrangulada e estava ainda pior devido a uma pequena reforma próxima ao local onde ela desembocava. E observamos também a falha do o agente que interviu, mas que não parou a escada. Ele ajudou as pessoas a contornarem aquelas que haviam caído. Ele deveria ter parado a escada. Neste caso estamos apresentando dois pontos que devem ser tratados metodicamente: Design do local e treinamento da equipe de monitoração.
Locais com grande concentração de pessoas precisam de Gestão de Grande Público. A segurança dos usuários e clientes deve ser sempre prioridade de todo gestor.



PS em 10/01/2012: Notícia no O Globo de 10/01/2012

Acidente em escada rolante fere passageira

Equipamento estava parado e os passageiros começaram a subir, mas o equipamento voltou a funcionar, no sentido contrário



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/acidente-em-escada-rolante-fere-passageira-3620078#ixzz1j3qZTn8V
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