sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Reveillon 2011-2012 em Copacabana

Fim de ano. Mais uma vez teremos a Festa de Reveillon em Copacabana que é um mega evento que reúne uma multidão. As novidades da organização são interessantes. A principal diz respeito à circulação das pessoas. Um dos pontos críticos, em especial depois da queima de fogos, era a disputa por espaços que havia entre pedestres e veículos. Os veículos trafegavam numa velocidade baixa devido ao congestionamento e os pedestre se espremiam entre eles. Nem as pessoas conseguiam circular, nem os veículos conseguiam se mover, fazendo com que o tumulto durasse horas.
Este anos a prefeitura está planejando um bloqueio das principais vias do bairro com proibição do trêfego de veículos e ônibus das 23:30 até às 02:00 do dia primeiro. A prefeitura também avisa que haverá maior rigor na repressão a vendedores ambulantes ilegais.
Nossa avaliação tendo como referência o método DIM - ICE que adotamos para a gestão de grandes públicos é:
As ações da prefeitura atacam pontos críticos da saída do evento positivamente. O conflito pessoas X veículos era perigoso para a integridade física do público (vide foto ao lado). Os camelôs em sua atuação estrangulam as calçadas e ruas e isto é um problema que deve ser combatido. Ponto no que diz respeito à infra-estrutura física.
A alteração do sistema de transporte público é uma tentativa na direção correta. O sistema proposto deverá apresentar problemas no momento do fechamento das vias assim como deverá apresentar problemas na organização da movimentação dos ônibus para seu posicionamento nos locais de embarque assim como a organização do público para o embarque também deverá apresentar problemas.  Estas são questões relativas à infra-estrutura, informação e monitoração (no nosso método Design, Information, Management).
Ano após ano a cidade tem se esforçado para aperfeiçoar a gestão dos grandes eventos. Parabéns Rio!
O CERNE tem se esmerado em colaborar para a realização de eventos e negócios mais seguros seja no Rio de Janeiro, seja em qualquer lugar do Brasil.
 A todos um Feliz 2012!!!


PS: Estivemos em Copacabana na virada do ano e constatamos que a saída depois da queima de fogos foi mais uma vez caótica. A prefeitura avisou que iria se inspirar no esquema adotado no Rock-in-Rio. Pelo visto a inspiração captou as partes falhas. Não haviam ônibus. Os veículos das linhas circulares da Zona Sul desapareceram. Os ônibus que estavam trafegando foram insuficientes. Nenhuma informação estava disponível no local de concentração dos ônibus no Posto Seis. Não havia ônibus em quantidade suficiente assim como não havia nenhuma equipe de apoio.
A Prefeitura do Rio de Janeiro errou no esquema de entrada e saída de Copacabana de uma maneira inaceitável. Os erros incorridos eram previsíveis e muito pouco foi feito para que os mesmo não ocorressem.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Façam o que eu falo e ...... faço!!!!

Atendendo às exigências do nosso designer de interiores fizemos algumas mudanças em nosso escritório. Ficou bonito. Mas tivemos um pequeno desastre no processo de mudança. Uma estante, elegante e funcional, não apresentava um projeto seguro de fixação. Depois que ela foi colocada achei suspeito e fui conferir a segurança da mesma. Meu medo era fundado, a mesma não estava corretamente instalada e durante a minha inspeção desabou. Por milagre saí ileso, mas meu notebook velho de guerra, apanhou por mim. O teclado afundou e o aspecto era assustador. Mas logo lembrei: Tenho back-up atualizado de TUDO!!!!
Caso não tivesse este back-up talvez eu tivesse pensado que teria sido melhor que eu fosse a vítima ao invés do computador....

Em tempo: No novo computador o back-up foi restaurado e nada de mais grave aconteceu. Mas vale observar que o meu velho de guerra, mesmo com o teclado afundado e com o leitor de CD/DVD inutilizado continuou funcionando, facilitando a continuidade do meu negócio enquanto o novo notebook era adquirido. Descanse em paz!!!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Acidente na Baía de Guanabara



Foto: Márcia Foletto / O Globo

No dia 28 de novembro um catamarã vindo de Niteroi colidiu com o cais na Rio de Janeiro ferindo dezenas de pessageiros. Ás notícias divulgadas informam que a embarcação colidiu sem redizir sua velocidade fazendo que aqules que estavam de pé caissem. Na queda várias pessoas se machucaram.
Identificamos neste caso duas grandes falhas. A primeira falha foi o problema mecânico que impediu que a devida manobra de atracação fosse feita. A segunda falha foi a ineficaz resposta à emergência. Aparentemente não houve nenhum alerta e nenhuma instrução de segurança foi passada para os passageiros para aumentar a segurança numa colisão que se apresentava inevitável.


Um acidente previsível pode e deve ser respondido de imediato com medidas mitigadoras que atenuem as consequências.
Que o incidente sirva de lição para o aperfeiçoamento dos procedimentos de segurança.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Plano de Pesquisas - Apoio

O Centro de Estudos de Risco e Segurança de Negócios - CERNE e a Universidade Veiga de Almeida – UVA no ano de 2012 tem como objetivo dar continuidade à pesquisa iniciada no ano de 2011  relacionada com a Gestão de Grande Público e Multidão que teve o apoio do HSBC Arena.
O resultado da pesquisa realizada foi consistente e indicou que novos estudos são necessários para que as taxas de serviço de pontos de controle de público sejam mais bem determinadas e possam ser divulgadas para uso dos promotores de eventos.
Os serviços até agora observados foram:
  • Passagem em catracas com leitora de ingresso,
  • Revista com detector de metal manual e
  • Colocação de pulseira de identificação. 

Os resultados obtidos foram consistentes, mas indicaram a necessidade de mais observações, de diferentes públicos em diferentes condições de trabalho.
Para o ano de 2012 pretendemos ampliar o escopo destas pesquisas e incluir a aferição do fluxo de pessoas em função da densidade na saída de eventos e a avaliação da consistência da sinalização e informações disponibilizada para o público.
Para a realização destas pesquisas é necessário que tenhamos acesso a locais onde possamos fazer as observações necessárias. Os locais que inicialmente consideramos de interesse são os abaixo: 
  • Aeroportos, 
  • Rodoviária,
  • Estações de trem,
  • Estações de metrô,
  • Grandes casas de espetáculo,
  • Centros de convenções e 
  • Centros de exposições.

Solicitamos a quem tenha interesse e condições de contribuir com estas pesquisas que entre em contato com o Prof. Fernando Saldanha, no e-mail saldanha@uva.br ou cerne@cernebr.com.br  para que possamos discutir a forma de promovermos uma parceria.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fila P'ra Quê?

No jogo Fluminense X América MG constatamos mais uma vez que a entrada no estádio ainda é inexplicavelmente confusa.
Uma hora antes do início do jogo haviam filas longas na entrada do Setor Oeste, tanto para as cadeiras como para a arquibancada superior.
Conhecemos bem este estádio e pela quantidade de catracas existentes não deveria haver uma grande fila. Ao pesquisarmos a razão da existência da fila identificamos que o problema estava na falta de informação e orientação passadas para o público. As catracas estavam ociosas, mas uma fila se formava para uma revista voluntária. Toda fila atrai as pessoas pois ela dá uma sensação de ordem e segurança. Contudo, neste caso, não havia necessidade de entrar na fila uma vez que haviam várias posições ociosas para fazer a revista e coletar o bilhete.
A fila era desnecessária, e ninguém agiu para desfaze-la e de forma a agilizar a entrada do torcedor.
Palmas para os torcedores que seguiam o que eles imaginavam que era uma coisa organizada.

Vaias para os organizadores que não agiram para agilizar a entrada.

Beleza e Segurança

A movimentação segura de pessoas, em especial quando em grande número, pode ser garantida quando temos um bom projeto das instalações físicas, uma boa sinalização e uma equipe de suporte e orientação competente.
No que diz respeito à instalação física por vezes encontramos intervenções que em nome da beleza aumentam o risco de um acidente.
Nesta semana (21 de outubro de 2011) pudemos constatar que um dos maiores teatros do Rio de Janeiro possui uma das paredes de seu saguão coberta por um espelho de alto a baixo. Este tipo de recurso pode ser belo e dar uma sensação de mais espaço, mas numa emergência ele passa a ser uma armadilha que amplia a possibilidade de acidentes.
Jamais a segurança pode ser trocada pela beleza.
Beleza e segurança devem se somar para dar segurança ao público.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estamos Preparados?

Nos últimos dias deste mês de novembro de 2011 estamos sendo assombrados com o vazamento de petróleo na Bacia de Campos. No CERNE não dispomos de informação suficiente para fazer uma avaliação detalhada deste incidente. Mas podemos garantir que está ocorrendo um desastre cujos desdobramentos são inúmeros.
Dentre estes desdobramentos identificamos a possibilidade do óleo chegar às praias brasileiras. Mas, pelas informações divulgadas pela imprensa é pequena a probabilidade desta ocorrência.
Este é o ponto que queríamos abordar. Um evento cuja ocorrência é pouco provável com um impacto catastrófico. Este é extamente o tipo de evento para o qual devemos estruturar Planos de Resposta a Desastre - PRD. E alem disto a probabilidade de ocorrência deste evento deve ser reduzida através da adoção de um processo robusto com controles preventivos instalados que sejam complementados pelo PRD.
O fato da probabilidade ser baixa indica que é um tipo de evento raro. Para estes eventos raros precisamos desenvolver mecanismos de reação. Para os eventos usuais, nossos processos do dia-a-dia estão preparados.
Um gestor precisa ir contra a natureza ao desenvolver a resposta a um evento de baixa probabilidade. Nós não somos naturalmente preparados para responder a agressões imprevistas cuja possibilidade de ocorrência seja baixa. Mesmo quando nos preparamos com o passar do tempo tendemos a afrouxar nossas defesas.
A diferença de uma gestão profissional para uma gestão amadora está   na sua capacidade de manter intactos todos os procedimentos preventivos e de resposta a um desastre improvável.
O óleo não deve chegar às prais, diz a probabilidade. Mas devemos estar preparado para esta eventualidade, diz o tamanho do potencial desastre.
Estamos preparados?

sábado, 12 de novembro de 2011

Plano ou Gestão de Continuidade?

Os nomes são úteis quando traduzem de forma clara o seu significado. Quando o assunto é continuidade de negócios alguns termos são mal empregados e geram dúvidas e mal entendidos.
Nossa recomendação é que seja adotada a forma mais clara na língua portuguesa e que cada palavra tenha seja devidamente utilizada no seu significado preciso.
Gestão é um processo executivo de administrar algo. Assim a gestão de continuidade de negócio é processo pelo qual se objetiva aumentar a garantia da continuidade de negócios. Os mecanismos que podem ser adotados na Gestão de Continuidade são inúmeros, desde aqueles que aumentam a robustez de um processo até aqueles que viabilizam uma retomada das operações após um desastre que destrua as instalações primárias de uma organização. A Gestão da Continuidade é um processo amplo e de caráter estratégico.
O termo plano é adequado para indicar um conjunto compreendido por estratégias, táticas e ações com um determinado objetivo. Um Plano de Continuidade é o conjunto de procedimentos a serem adotados para garantir a continuidade dos negócios no caso de uma interrupção dos processos de negócio.
A gestão de continuidade é um conjunto maior do que o conjunto do Plano de Continuidade. Um Plano de Continuidade pertence ao conjunto compreendido pela Gestão de Continuidade.
Quando nos referimos à Plano de Recuperação de Desastre o que transmitimos através deste nome deveria ser entendido como o conjunto de procedimentos dedicados a promover a recuperação de uma operação após a ocorrência de um desastre. O nome é claro, assim como o seu significado. Contudo observamos por parte de alguns autores a utilização deste termo apenas aplicado à recuperação do ambiente de tecnologia de informação o que é uma visão limitada. A Recuperação de Desastres não é restrita ao ambiente de Tecnologia de informação. O mundo real apresenta inúmeros desastres que demandam recuperação e limitar o escopo de um Plano de Recuperação de Desastre ao ambiente de tecnologia de informação é uma demonstração de miopia daqueles que militam apenas no ambiente de TI e que não vem o mundo alem do seu pequeno raio de visão. O Plano de Recuperação de Desastres do Ambiente de TI é uma das partes pertencentes ao conjunto do Plano de Continuidade de Negócios.
Segregar um do outro é um erro.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Considerações sobre o Teste de Um Plano de Contingência

No dia 07 de novembro de 2011 a Prefeitura do Rio de Janeiro fez um execício simulado de resposta a um alagamento na região da Praça da Bandeira. A divulgação dada a este treinamento foi importante para demonstrar para a população de que existe um planejamento para a resposta a emergências na cidade. Outro fato importante é que com um exercício deste tipo é possível avaliar a capacitação das equipes e identificar pontos fracos a serem sanados.
E é este ponto que queremos destacar. Um exercício simulado não deve ser realizado com o intuito de demonstrar que o planejamento da resposta está correto. Ele deve ser feito para identificar pontos que mereçam ser aperfeiçoado. Desconfie de um teste onde tudo correu conforme planejado.
Uma outra questão de suma importância é: a simulação é da RESPOSTA ao desastre. Isto nunca pode ser confundido com a simulação de um desastre. A simulação de um desastre pode gerar efetivamente um desastre.
A Prefeitura, corretamente, não promoveu o alagamento da Praça da Bandeira para fazer sua simulação. Da mesma forma, não se deve interromper um processo crítico para simular uma resposta à sua paralisação.
Já tivemos conhecimento de exercícios simulados de evacuação onde chumaços de algodão queimado eram espalhados pelo ambiente para criar um clima mais próximo da realidade. Definitivamente descartamos tal procedimento pois o mesmo pode gerar um clima tão verdadeiro que pode levar ao pânico, e neste caso, estará criado o desastre.
Da mesma forma não dê ouvidos a histórias onde dizem que um teste de um plano de continuidade deve ser feito de surpresa, com o Diretor tirando o computador da tomada!!!!
Fique atento. Ao testar um plano de contingência, teste o plano, mas não simule um desastre.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ALARP e Gestão de Multidão - Campeões

Desde 2008 estamos com o blog do Centro de Estudos de Risco e Segurança de Negócios publicado.
Nestes quase quatro anos o texto mais acessado foi “ALARP”, publicado em janeiro de 2008. A idéia de que um risco seja reduzido até o mínimo razoável, embora seja um conceito óbvio, é uma mensagem importante que o termo ALARP passa. Foi interessante perceber como este texto atraiu a atenção.
Outro texto que também é campeão de acessos é o ”Gestão de Multidão - Pesquisa”. Este é texto recente, mas sua média de acessos diária é a mais alta de todos. Este resultado também despertou nossa atenção. O Assunto Gestão de Multidão é um tema novo. Começamos a falar dele há uns dois anos, sendo que no último ano aumentamos nossa ênfase e temos inclusive oferecido cursos sobre este assunto. Neste assunto estamos quebrando paradigmas, pois até hoje o planejamento de Gestão de Grande Público é feito de forma pouco sistematizada e sem metodologia. Aos poucos estamos mostrando que isto pode ser feito de uma forma mais profissional e oferecendo mais segurança para os freqüentadores de locais onde haja, ou possa haver, um grande público.
 O assunto mais procurado tem sido a Continuidade de Negócios, seguido da Gestão de Riscos. O assunto Gestão de Multidão ainda não aparece como um dos mais procurados quando consideramos toda a vida do nosso blog. Se considerarmos apenas o último ano, ele aparece sendo um destaque.
Obrigado por nos ler e contamos com suas críticas e sugestões.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

BIA: Uma Corrida contra o Tempo

A realização da Análise de Impacto de Desastres (BIA)  é a etapa chave da estruturação de um Plano de Continuidade de Negócios. O BIA irá fornecer as informações que irão subsidiar a decisão do escopo do Plano. Os processos que serão contemplados e os objetivos de ativação são decisões que tem o BIA como referência.
Mas um BIA amplo geral e irrestrito, numa empresa de médio porte ou grande porte é um processo demorado. Um projeto uma vez iniciado tem que ser desenvolvido com entusiasmo e determinação. Este entusiasmo contagia a todos e faz com que a mobilização inicial não se perca. Mas para isto o desenvolvimento do projeto deve fluir e ser rápido.
A adoção de estratégias que viabilizem a redução do tempo demandado pela análise de impacto é fundamental para o desenvolvimento de um Plano de Continuidade tenha sucesso. O BIA não pode ser um longo caminho que faça com que o objetivo final fique distante.
Não deixe que o BIA seja uma pedra no seu caminho. Ele é a bússola do projeto!!!! 

Informação Deficiente

Em nossas andanças pelo Brasil afora temos observado que um dos pontos fracos no processo de gestão de grande público é o fornecimento de informações para o público. Estas informações podem ser passadas de várias maneiras, escrita em bilhetes de entrada, de forma falada, em monitores de vídeo, em painéis luminosos, mas o resultado prático, em geral, é insatisfatório.
Os problemas verificados podem ser resumidos em três tipos: Localização da informação, o formato de informação e o conteúdo.
Em alguns locais há uma total falta de informação. Em outros ela existe, mas não leva a lugar nenhum (no terceiro piso do estacionamento do terminal 2 do Aeroporto do Galeão, a sinalização de saída faz com que você fique girando dentro de o estacionamento). Em outros existem belos painéis com informações pouco esclarecedoras (na Rodoviária Novo Rio existe uma placa indicando “demais bilheterias”).
Informação é um requisito de segurança. Numa emergência uma boa sinalização pode ser o fator que irá fazer a diferença entre um incidente e um desastre. 

Sem Saída no Aeroporto Internacional do RJ

Durante a semana de 24 de outubro de 2011 o jornal O Globo publicou uma série de reportagens sobre o péssimo estado de conservação do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Nós também estivemos neste aeroporto em julho de 2011 e fizemos uma avaliação das condições existentes relativas à Gestão de Grande Público. Como era de se esperar também neste aspecto o aeroporto foi mal avaliado. Neste trabalho utilizamos como referência a metodologia DIM – ICE do Prof. Keith Still da Inglaterra. Outros locais públicos também foram avaliados e a média dos resultados indica que estamos mal preparados para lidar com Grandes Públicos de maneira profissional e metódica.
Como exemplo de pontos falhos, veja na foto o tamanho da seta que indica a direção da saída de emergência no Aeroporto do Galeão. Ela é uma coisica branca ao lado da imagem de uma chama no quadrado verde. Você viu? Por que ela é tão pequena?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pesquisa Sobre Gestão de Grande Público e Multidão

Hoje, dia 25 de outubro, os alunos Patrícia Mitrano Neves e Fabrício Ventura Miranda apresentaram o concluíram a pesquisa sobre Gestão de Grande Público e Multidão realizada no decorrer deste ano de 2011.
Esta pesquisa está inserida no Programa de Iniciação Científica da Universidade Veiga de Almeida e foi realizada sob a orientação dos professores Nara Iwata e Fernando Saldanha.
Aos alunos nossos parabéns e nossos agradecimentos ao HSBC Arena que nos apoiou neste empreitada.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rock in Rio e a Segurança

O que é segurança num show de rock? Ou melhor, o que faz uma pessoa se sentir insegura num show de rock?

A primeira insegurança surge na entrada. Uma pessoa se sentirá desconfortável e insegura caso haja uma multidão se espremendo e lutando por espaço na entrada.

Dentro das instalações do evento a insegurança surge caso haja uma densidade elevada de pessoas. Esta elevada densidade pode ser encontrada em determinados locais, tais como na área próximo ao palco, na
praça de alimentação e bares, em passagens onde haja estrangulamentos ou nos acessos aos banheiros.

Um outro momento que causa desconforto e insegurança é na saída, quando as dimensões das rotas de saída forem mal projetadas, com obstáculos e subdimensionadas causando uma movimentação problemática e com uma alta densidade de pessoas.


Não mencionamos a insegurança causada por furtos por dois motivos: não há risco para a integridade física das pessoas na ação de um batedor de carteira e este tipo de problema não é decorrente da realização de um show de rock. Ele está presente, infelizmente, no cotidiano.

Por último cabe observar que usamos algumas vezes a palavra (des) conforto propositalmente. A segurança das pessoas num evento de grande porte está diretamente relacionada com o conforto oferecido a elas. Um local seguro é um local confortável e vice-versa.

domingo, 25 de setembro de 2011

Rock in Rio: Planejar X Remediar

As informações que nos foram passadas por espectadores do Rock-in-Rio são boas. O sistema de transporte foi ajustado e na noite de sábado, dia 24 de setembro de 2011, não se verificaram os mesmos transtornos verificados na sexta-feira. Não estivemos na cidade do rock e não temos como avaliar se todos os pontos críticos que observamos foram eliminados.
Acreditamos que alguns pontos críticos devam permanecer uma vez que os mesmos são devidos a erros no lay-out das instalações. Este tipo de erro é de difícil mitigação uma vez consolidado. Ele deve ser prevenido durante a fase de planejamento das instalações.
Da mesma forma acreditamos que erros no sistema de informação ainda persistam. Neste caso temos notícias de que houve uma melhoria na sinalização do acesso aos ônibus especiais. Isto é bom, mas é pouco.
É importante assinalar que erros na gestão de multidão são graves, pois falhas neste processo colocam vidas humanas em risco. Não podemos ser tolerantes neste quesito.
Nunca haverá um projeto 100% seguro e por isto deveremos sempre adotar o conceito do ALARP - "As low as reasonably practicable". Para isto deve ser feito uma gestão de multidão com método e profissionalismo. No dia 23 de setembro , em entrevista para a Globo News, ratificamos nossa preocupação com o retorno dos espectadores após o show. O caos que se verificou na madrugada de sexta-feira para sábado confirmou nosso expectativa negativa.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rock in Rio - Conheça e Fique Seguro

Conhecer o local onde você está é um dos pontos chave para sua segurança.
No link abaixo http://www.xyz360.com.br/clientes/rock_in_rio_2011/tour/  você pode fazer um reconhecimento das instalações da Cidade do Rock. Infelizmente não temos informação detalhada de todas as saídas. Existe uma saída, que está assinalda numa planta esquemática junto à entrada principal. Algumas saídas de emergência serão disponibilizadas e a sinalização de algumas pode ser vista nas imagens apresentadas no link acima.
Neste post também estamos colocando a melhor vista superior da Cidade do Rock que obtivemos. Esta vista superior, do fotógrafo e jornalista Genílson Araújo, foi publicada no O Globo do dia 23 de setembro de 2011.

PS em 26 de setembro:
1. As saídas de emergência estão, em geral, próximas aos banheiros que ficam junto à cerca da Av. Salvador Alende.
2. Na Rock Street há também uma saída de emergência.
2. A movimentação na esplanada em frente ao palco principal não é livre. Há barreiras dividindo espaços. Fique atento.
3. O banheiro à esquerda do Palco Sunset é relativamente mais vazio.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rock in Rio & Gestão de Multidão - III

Na página 16 do Jornal O Globo do dia 22 de setembro estava estampada a manchete que apresentamos neste "post".
Não é esta a postura que precisamos ter da imprensa.
Se algo está errado, não devemos relaxar e sim denunciar e trabalhar para ter uma solução.
O esquema planejado para transporte para o Rock in Rio está se mostrando ruim. Filas monumentais estão se formando para a compra de bilhetes para o transporte público.
A circulação no entorno da Cidade do Rock  está trazendo transtornos para os moradores, comerciantes e trabalhadores da região. Neste caso a adaptação é uma imposição e não uma opção.
Um bom planejamento deve prevenir tais incovenientes e não planeja-los.

E o show ainda não começou.....

Rock in Rio & Gestão de Multidão - II

O Rock in Rio já começou. Na verdade ele começou há muito tempo. O marco inicial é o momento da primeira divulgação para o público. Neste ponto começa o evento no que diz respeito à sua interação com o público. Evidentemente, o início do seu planejamento precede, e em muito este marco.
O fim do evento, no que diz respeito ao público, se dará quando o último espectador chegar em sua residência encerrando a etapa de saída.
A música ainda não começou a tocar mas a etapa de "entrada", que inclui a venda de bilhetes, o transporte e entrada propriamente dita no local, já está se mostrando falha.
A venda de ingressos apresentou filas monstruosas, que já foram esquecidas.
O esquema de transporte planejado está se mostrando confuso e incômodo para os moradores da cidade. Para os turistas ele é incompreensível.
A forma de venda dos bilhetes para uso do transporte público é outro item confuso.
Nos próximos dias vamos acompanhar a forma como se dará o embarque e transporte dos espectadores e, em especial como se dará o regresso.
A mudança do horário do show do Elton John auxiliará a saída do dia 23 de setembro. Seus fãs poderam sair do complexo do Rock in Rio ainda durante o último show diluindo a demanda de transporte. Mas, nos demais dias as grandes atrações sempre serão as últimas e neste caso poderá haver um colapso na capacidade de transporte.
Foto de Pablo Jacob / Jornal O Globo de 22/09/11.

Gestão de Multidão em Brasília

Nos dias 15 e 16 de setembro de 2011ministramos um curso de Gestão de Multidão em Brasília. O curso foi especialmente adequado às necessidades dos alunos e dentre as atividades foi realizada uma visita ao “Bezerrão” com o intuito de aproximar o conteúdo teórico e conceitual com as práticas do dia-a-dia do planejamento de um evento de grande porte.

Um especial agradecimento fica aqui registrado à Administração do Estádio Walmir Campelo Bezerra pela atenção que nos foi dispensada.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rock in Rio & Gestão de Multidão

Analisando algumas poucas informações numéricas disponíveis na imprensa e na internet identificamos que a entrada e saída do Rock in Rio serão merecedoras de especial atenção. As dificuldades da entrada estarão concentradas no acesso ao complexo. Ainda que a chegada do público venha estar diluída em 7 horas, isto de acordo com nossas estimativas, das 14:00h às 21:00h, ela estará concorrendo com o trânsito usual da região que na hora de pico, que será também a hora de pico de chegada ao evento, é caótico.
Este transtorno não será diretamente visível, pois sua forma será a de um engarrafamento. A capacidade de entrada propriamente dita, com 56 catracas, deve satisfatória, desde que o uso das catracas seja feito de forma distribuida.
As dificuldades da saída serão mais visíveis. A demanda por transporte público será muito elevada e concentrada no “terminal” do Autódromo. Numa rápida simulação, para o espetáculo do dia 23 de setembro, estimamos a necessidade de uma frota de aproximadamente 1600 ônibus, incluindo neste número os ônibus especiais e os ônibus do terminal Autódromo. Haverá esta disponibilidade de ônibus? Uma outra questão é se haverá uma logística capaz de despachar cerca de 10 ônibus por minuto.
Quanto à movimentação interna, não obtivemos informações suficientes para uma análise básica. A área do Rock in Rio foi informada como sendo de 150.000 m2. Com uma lotação de 100.000 pessoas teremos 1,5 m2 por pessoa. Este número é um número global. Não temos como estimar efetivamente a área livre para o público, mas caso tenhamos um percentual grande desta área indisponível poderemos ter uma taxa de menos de 1m2 por pessoa. Neste caso este número estaria indicando uma ocupação elevada mas dentro dos limites aceitáveis de conforto e segurança.
Também não identificamos na perspectiva disponível no site do Rock in Rio a localização das saídas. A única saída assinalada está junto à entrada. Acreditamos que outras saídas existam, mas não estavam assinaladas no desenho apresentado. Este desenho deveria apresentar o local de todas as saídas para que o público interessado pudesse obter esta informação com antecedência.
Estaremos presentes no Rock in Rio e iremos apresentar nossas observações e comentários com relação à Gestão do Público aqui no nosso blog.

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro 2001 - 11 de setembro de 2011

Em homenagem a todos que foram impactados pelo 11 de setembro e que trabalham por um mundo melhor segue o link para a música Sound of Silence de Paul Simon.

http://www.youtube.com/watch?v=FHBpBffGuq0

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Recorde de Acessos - Balanço

Nosso blog registrou no mês de agosto de 2011 seu recorde de acessos desde que iniciamos o controle de nossas postagens, em junho de 2009.
As 520 visitas no mês passado nos trazem confiança de que a preocupação com a segurança, aos poucos, vai sendo incorporado no nosso modo de fazer negócios.
Até hoje nosso maior sucesso de público é o post sobre ALARP (http://gerisco.blogspot.com/2008/01/alarp_07.html) que é a sigla para a expressão "as low as reasonably practicable". Quando se gerencia riscos a meta é reduzi-los ao até o ALARP.
O segundo maior número de acessos foi feito à página da matéria sobre a ética na segurança da informação (http://gerisco.blogspot.com/2008/04/tica-na-segurana-da-informao.html). Nesta publicação comentamos a tênue fronteira existente entre o controle de acesso e a censura.
O assunto que movimentou agosto de 2011 e que fez atingirmos nosso recorde mensal foi o post da pesquisa que fizemos sobre Gestão e Segurança de Grande Público (http://gerisco.blogspot.com/2011/08/gestao-de-multidao-pesquisa.html). Este assunto foi incluído na área de interesse do CERNE em 2010 e aos poucos nossos empresários, promotores e responsáveis por eventos com grande público também vem demonstrando uma maior preocupação em oferecer conforto e segurança, de uma forma sistematizada, para as pessoas que frequentam grande eventos.
Obrigado pelas visitas e salientamos que precisamos de apoios, em especial no que diz respeito à pesquisa e estudos de grandes público. Pelo e-mail do CERNE (cerne@cernebr.com.br) aguardamos e ficamos à disposição de quem possa nos oferecer apoio ou para quem necessite de nossos serviços.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O RTO de NY

A passagem do furação Irene pela costa leste dos EUA fez com as autoridades públicas decretassem a paralisação dos transportes urbanos e aeroportos de Nova Iorque por mais de 24 horas. Com esta paralisação as atividades usuais da cidade foram praticamente descontinuadas. Se NY pode parar, qualquer cidade também pode. Em termos de Plano de Continuidade de Negócios podemos dizer que o RTO do processo chamado "New York" é maior do 24 horas.
Qual é o RTO do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo,...?

Risco evitável - Venda de ingressos para o show do Justin Bieber

Amanhã, dia 30 de agosto de 2011, haverá venda presencial para o show de Justin Bieber nas bilheterias do Engenhão, Rio de Janeiro.
A venda presencial para um show com a demanda prevista para este evento é de alto risco. A quantidade de pessoas que deve procurar as bilheterias excederá em muito a quantidade de bilhetes disponíveis assim como haverá provavelmente filas grandes. Estas filas serão, na melhor das hipóteses, desconfortáveis.
Esta situações obrigará que haja uma estrutura de gestão de multidão muito bem organizada para que a primeira parte de uma festa não seja um problema.
Devemos repensar a vendas de ingresso na forma presencial para eventos de grande demanda de público. A oportunidade oferecida para aqueles que não tem acesso à internet ou telefone cria uma situação de risco para estas pessoas que pretensamente está sendo atendida.
Que tudo corra bem nesta venda de ingressos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gestão de Multidão - Pesquisa

No dia 17 de agosto de 2011 foi apresentado na Universidade Veiga de Almeida, para um público de mais de 100 pessoas (quase uma multidão !!!) o resultado da pesquisa realizada por pesquisadores e alunos da UVA sobre Gestão e Segurança de Grande Público e Multidão.
A pesquisa foi desdobrada em duas partes. Na primeira parte foram aferidas taxas de serviço na entrada de eventos. Dentre estas taxas destacamos a de passagem por uma catraca que foi confrontada com a taxa apresentada no Green Guide, guia inglês utilizado como referência pela FIFA. O resultado desta comparação foi que em nenhum evento observamos uma taxa próxima à 660 pessoas por hora, valor registrado no Green Guide. Nossos números foram sempre menores.

Na segunda parte da pesquisa observamos oito locais no Rio de Janeiro com grande demanda de pessoas entre eles aeroportos, estação ferroviária, estação metroviária, casas de espetáculos, etc. Para cada um destes locais avaliamos 9 itens relacionados com a gestão de multidão conforme método utilizado pelo Prof. PhD. Keith Still, especialista mundial de Crowd Management. O resultado desta parte da pesquisa indicou que apenas um deste locais apresenta uma boa organização para a atender um grande público sem restrições. Dois locais apresentam alguma deficiência e cinco precisam efetivamente de uma melhora num curto prazo.
Em geral o ponto forte encontrado foram as instalações físicas. Mas as informações disponíveis para o público assim como a capacitação do pessoal encarregado do contato direto com o público foram os pontos fracos.
Salientamos que é nossa intenção presseguirmos estas pesquisas  e que para isto aguardamos o apoio de empresas que tenham grande demanda de pessoas para que juntos possamos trabalhar.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Gestão de Multidão: Lições do dia-a-dia


No sábado, 13 de agosto de 2011, um show musical em Indianápolis / EUA teve o saldo de 5 mortos devido a um palco que desabou. A gestão de grande público neste caso deve ser uma importante ferramenta para que não haja mais vítimas do que aquelas atingidas pelo palco. A evacuação e movimentação dos espectadores devem ser feitas de tal forma que a segurança das pessoas seja preservada evitando que mais vítimas venham a existir.
O cerne da gestão de grande público é fazer com que a realização de um evento seja um processo planejado que permita que as pessoas possam sempre estar, mesmo que durante uma evacuação, em condições seguras com o conforto necessário.
 A gestão de grande público é uma ferramenta essencialmente preventiva que visa a segurança das pessoas e que em situações adversas passa a ser mais importante ainda.

Gestão da Continuidade do Dia-a-Dia

Como você se saiu do apagão que atingiu alguns bairros da cidade do Rio de Janeiro no dia 05 de agosto? Se você nem sabe do que se trata, ótimo. Mas, melhor ainda é poder avaliar a robustez da sua gestão de continuidade sem ter sido diretamente impactado por um desastre como este.  Assim, vale a pena fazer o exercício de imaginar como você teria se saído caso às 12:00 h. de uma sexta-feira você e todos os bairros 
em sua volta ficassem aproximadamente 90 minutos sem energia elétrica.

Visualizou o impacto? Como foi a sua capacidade de resistência a este problema? Com base nesta avaliação, verifique o que você pode fazer para que incidentes deste tipo sejam o menos traumático possível para os seus negócios. Considere o que é preconizado pela idéia do ALARP – “As low as reasonably practicable”. Como fazer para que o risco que você esteja exposto seja o mais baixo a partir de um esforço razoável e prático. 
Utilizando o método Bow-Tie de gestão de risco você deve procurar que seus negócios não venham a ser paralisados por falta de energia (prevenção). E caso esta falta de energia paralise seus negócios, você deve possuir uma estrutura que faça com que os impactos sejam os menores possíveis (reação). 
Cabe observar que o problema que você deve focar é a falta de energia para suas atividades operacionais. Necessariamente uma falha da concessionária de energia elétrica não é o ponto focal do problema. O “X” da questão é a falta de energia para operação de seus negócios.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pesquisa sobre Gestão de Grande Público - 17 de Agosto na UVA / RJ


Convidamos para apresentação que iremos fazer no dia 17 de agosto
relativa a resultado de pesquisa feita sobre a gestão e segurança de grande
público (Crowd Management) às 10:00h, no Campus Barra da Tijuca / RJ, da Universidade Veiga de Almeida - UVA.
Na pesquisa coletamos dados sobre a movimentação de pessoas e fizemos uma
avaliação básica de 8 locais (aeroportos, barcas, metrô, Central do Brasil, HSBC Arena, ...)de grande público. Nesta apresentação iremos
divulgar uma síntese de nossos observações.
Até lá,

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Seminário de Simulação

Em um reportagem do Extra sobre o Seminário de Simulação o nosso trabalho sobre simulação de evacuação com o software STEPS foi destacado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Apresentações no Slideshare

Estamos atualizando nosso perfil no Slideshare com apresentações da PS e de seus serviços. Veja aqui a última apresentação sobre continuidade de negócios.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Programação do Seminário de Simulação 3D


































Para mais informações ligue para 0800 0231 231 ou envie um email para cts.automacao@firjan.org.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Primeiro Seminário de Automação

No dia 19 de julho de 2011 o SENAI - RJ estará promovendo o primeiro Seminário de Automação. Estaremos presente com uma palestra sobre a utilização de software para a simulação de evacuação de  ambientes com grande número de pessoas. Nesta palestra iremos mostrar quando este tipo de simulação deve ser utilizado para avaliação de uma instalação e o que pode-se esperar dos resultados desta alternativa.
Também iremos apresentar como as pesquisas que o CERNE vem realizando sobre a movimentação de pessoas está auxiliando no aperfeiçoamento destas simulações.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Segurança em Eventos: "Safety" ou "Security" ?


A palavra segurança possui duas correpondentes em inglês: safety e security. Em ingles estas duas palavras não tem o mesmo significado, elas não são sinônimos. Security é a segurança relacionada com assuntos "policialescos". Safety diz respeito à segurança e bem-estar das pessoas.
O CERNE ao estudar Gestão de Grande Público e Multidão está preocupado com o "safety". Estamos preocupados em oferecer as condições necessárias para que o público esteja seguro durante sua permanência no evento fazendo as devidas prevenções contra incidentes que possam ter o próprio público como principal origem dos riscos.
Exemplificando, a necessidade de revista dos espectadores na entrada é uma típica exigência do "security". Esta revista deve ser organizada de forma tal que ela não seja um gargalo que venha causar um retenção do público e consequentemente uma aglomeração que por natureza é uma condição confusa e perigosa. Esta necessidade de se gerenciar a aglomeração resultante da realização da revista é uma demanda típica do "safety".
A integração das demandas do "security" com as necessidades do "safety" é necessária para que a segurança seja completa.
Quando se fala em segurança nos eventos a questão que inicialmente se destaca é a relacionada com a as questões policialescas. Mas a maturidade de uma gestão será aferida pela capacidade dela oferecer um evento seguro e confortável e para isto precisamos do "safety".

domingo, 12 de junho de 2011

A Olimpíada de Cada Dia

Todos os dias leio algum artigo onde é dito algo como "se está assim hoje como podemos organizar uma Olimpíada". Tal comentário me causa um desapontamento com o nível crítico destes artigos. Não devemos nos preocupar com a organização dos Jogos Olímpicos, pois existe uma grande estrutura montada exclusivamente para este fim. Devemos é nos preocupar com os nossos problemas do dia a dia. O Rio de Janeiro vive uma fase de exposição positiva que tem gerado uma grande procura por seus pontos turísticos, por suas casas de espetáculos, bares e restaurantes. O resultado tem sido caótico. Há um grande despreparo seja por parte das autoridades, seja por parte dos gestores privados. Onde vamos, ou por onde passamos, há filas e confusão. No Jardim Botânico os acessos causam transtornos no bairro, o mesmo se verifica no acesso ao Cristo Redentor. Estes são apenas dois exemplos. A Capacidade de atendimento é sub-dimensionada, a sinalização é precária, as informações são minimas e as equipes são mal preparadas para atender uma demanda que está cresecendo. Felizmente há exceções.
Para as Olimpíadas é possível que sejam organizados serviços de forma excepcional, da mesma forma como foi oferecido transporte público para o show do Paul Mac Cartney. Mas isto não é o suficiente para os cidadãos. Os serviços tem que funcionar satisfatoriamente, dia após dia, todos os dias. Se assim for, quando chegar a hora da Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos estaremos preparados, caso contrário, de que adiantará um serviço artificial que irá desaparecer com o a cerimônia da encerramento?
(foto do site www.caoscarioca.com.br)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Acaso Faz da Vida Um Jogo

A frase título é de Lucius Sêneca. Passados mais de dois mil anos ela continua sendo atual.
Os gestores de risco sabem que por mais que se trabalhe, sempre haverá algum risco a espreita. Fazer a avaliação de qual ameaça é a mais perigosa, qual risco devemos tratar é um trabalho que exige dedicação, métedo, técnica e sorte. Ao se fazer a seleção de como investir nosso orçamento estamos fazendo opções que sempre tem a possibilidade de darem errado. O bom gerente é aquele tem um bom índice de acerto. Sêneca em sua frase deixava isto claro. Existe uma parcela do imponderável à qual estamos sujeitos.
Ontem, dia 09 de junho, um passageiro de um veículo no Rio de Janeiro, nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas morreu quando uma árvore caiu sobre o carro onde ele estava. Enquanto isto , em São Paulo, um ônibus caiu de um viaduto sobre uma linha férrea, foi atingido por um trem e a princípio ninguem morreu.
Sêneca tem razão: O Acaso Faz da Vida Um Jogo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quanto tempo posso ficar inoperante ?


A pergunta do título é uma das mais difíceis que um gestor se depara ao gerir a continuidade do seu negócio.
A questão financeira é um fator óbvio. Mas como estimar o impacto financeiro de questões subjetivas tais como "por quanto tempo meu cliente irá permanecer sendo MEU cliente no caso de uma paralisação"?
A maturidade do mercado e competitividade dele será determinante do tempo que o cliente irá aturar.
Alguns dos nossos serviços ainda apresentam forte barreira para que o cliente migre de um prestador para outro. Os segmentos de telefonia e de serviços financeiros apresentam grandes inconvenientes para que alterações de prestador de serviço sejam feitas. Mas a medida que a competitividade aumenta, que a tecnologia evolui e que os mercados ficam mais regulados, maior ficam os poderes do cliente.
Um prestador de serviço hoje pode considerar que uma paralisação de 1 hora pode ser superada sem impacto pois ele não irá gerar perda de clientes. Mas é importante se precaver. Um cliente ressentido, vítima de serviços desleixados, pode ser um cliente vingativo. E a vingança mais efetiva é a troca de prestador de serviço assim que esta troca for factível.
Portanto, ao estimar seu RTO - Recovery Time Objective, considere também o quanto da paciência de seu cliente que você irá estar utilizando caso fique paralisado. Se você abusar dos saques da paciência dele, em breve ele irá lhe cobrar com juros, e esta cobrança pode ser simplesmente trocar você por um concorrente.
Portanto adote um política conservadora e não abuse da paciência do seu usuário, mesmo que ele esteja firmemente escravizado a você. Um dia ele ele ficará livre!!!!

Cerne na HSBC Arena










O CERNE, Centro de Estudos de Risco e Segurança de Negócios, esteve presente nos shows do Iron Maiden, da Miley Cyrus e do Jack Johnson na HSBC Arena.
Os alunos do programa de iniciação científica da Universidade Veiga de Almeida puderam fazer um trabalho de campo e coletar dados importantes em relação à Gestão de Multidão.
Com as pesquisas será possível analisar de melhor maneira o comportamento do público brasileiro nos shows. Inclusive poderá ser feita uma comparação dos tipos de público, já que a platéia da Miley Cyrus e Jack Johnson são bem distintos.
O CERNE agradece a parceria feita com a GL Events, adiministradora da HSBC Arena, para a realização desse trabalho.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Novas Turmas de Gestão de Grande Público

O CERNE já definiu as datas das duas próximas turmas de Gestão de Grande Público e Multidão.
Nos dias 27 e 28 de julho de 2011 será realizada a próxima turma no Rio de Janeiro.
Na última semana de agosto será realizada a primeira turma em São Paulo.
Para maiores detalhes acesse o site do CERNE (www.cernebr.com.br) ou envie um e-mail para cerne@cernebr.com.br.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mistério Público



Ao Ministério Público não basta boa intenção, é necessário competência técnica para que suas ações sejam efetivamente de proteção ao cidadão.Um exemplo, é a determinação de que haja pontos de venda físicos para eventos de grande porte, tais como o Rock in Rio.
É esperado que eventos deste tipo tenham uma grande demanda. Se há uma grande demanda é previsível que haja grande quantidade de pessoas nos pontos de venda físicos. Ou seja, é previsível que hajam grandes filas e que pessoas cheguem "cedo" para conseguir um lugar no início da fila. Podemos até imaginar que situações de conflito ocorram. No caso do Rock in Rio foram abertos apenas três pontos de venda no Rio de Janeiro e um em Niterói, vendo a necessidade de se abrir mais um o Engenhão também foi incluído posteriormente, o que também gerou transtornos para os consumidores. Organizar um esquema de venda que que sabidamente irá causar desconforto ao público não me parece uma medida sensata. Para o Ministério Público é.

Como estudioso de Gestão de Multidão posso afirmar que não há até o momento de processo de venda mais confortável e justo do que a venda pela internet ou por tele-atendimento.
segundo o jornal O Globo do dia 09 de maio de 2011 o argumento do MP é que nem todos tem cartão de crédito cartão de débito, e venda física é uma forma de preservar o direito dos "sem cartão". Quem consome este tipo de espetáculo provavelmente tem acesso a cartões de débito ou de crédito. E caso seja este realmente o problema, que seja exigido dos organizadores que haja um processo pelo qual aqueles que não tem cartão possam comprar sem que seja necessário expô-los ao desconforto e riscos inerentes a uma multidão.
A segurança física do cidadão deve ser sempre a prioridade daqueles que organizam, fiscalizam e autorizam eventos.
Intervenções improvisadas, ainda que bem intencionadas, podem ser desastrosas e com segurança não se arrisca.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lotação do Metrô do Rio




No dia 03 de maio de 2011 uma matéria no jornal O Globo informou que o metrô do Rio de Janeiro, de acordo com uma inspeção técnica promovida pelo Ministério Público, estava operando fora dos padrões. Segundo o artigo “existem de sete a oito passageiros por metro quadrado, quando o permitido é apenas seis”.


Estes números são todos impressionantes. A fabricante de elevadores Otis, em pesquisa sobre a ocupação de elevadores, considera a ocupação máxima de um elevador apenas com mulheres irá apresentar 6,2 pessoas por metro quadrado. Numa ocupação mista, a taxa será inferior a 6 pessoas por metro quadrado.


É certo que o metrô do Rio está oferecendo um serviço sem conforto para seus usuários, mas os números apresentados na reportagem estão superestimados. De forma alguma podemos considerar aceitável que num carro do metrô que seja permitida uma ocupação média de 6 pessoas por metro quadrado, pois este número é praticamente impossível de ser tolerado.











segunda-feira, 25 de abril de 2011

CERNE no slideshare

O CERNE está com um perfil no slideshare. Em breve colocaremos mais apresentações sobre gestão de multidão, simulações e gestão de risco.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Algumas Palavras.

O CERNE se solidariza com as famílias e amigos de todos que sofreram o impacto do massacre ocorrido no dia 07 de abril de 2011 no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 23 de março de 2011

CERNE no Iron Maiden

O CERNE - Centro de Estudos de Risco e Segurança de Negócios irá no próximo domingo, dia 29 de março de 2011, fazer observações relativas à Gestão de Multidão no show do Iron Maiden que será realizado no HSBC Arena.
A GL Brasil, administradora do HSBC Arena está dando apoio ao CERNE que enviará dois alunos do programa de iniciação científica da Universidade Veiga de Almeida para fazer este trabalho de campo.
Com estas pesquisas poderemos ter dados especificamente gerados com base em observações feitas no Brasil. Estes dados poderão comparados com dados utilizados nos Estados Unidos e Inglaterra permitindo identificar se existem distorções geradas pelo uso de padrões internacionais.

Curso de Gestão de Multidão e Grande Público

É com satisfação que concluimos mais uma turma do curso de Gestão de Grande Público e Multidão.
Nesta edição, que teve sua lotação esgotada com grande antecedência, tivemos a presença de profissionais de 4 empresas do Rio de Janeiro e do CBMERJ.
Em abril será realizada uma turma fechada em Brasília.
A próxima turma aberta será oferecida nos dias 24 e 25 de Maio, no Rio de Janeiro.

Observação: As próximas turmas serão nos dias 27 e 28 de julho no Rio de Janeiro e nos dias 30 e 31 de agosto em São Paulo (informação atualizada em 27 de junho de 2011)

Gestão de Multidão no "Sem Censura"

O engenheiro Fernando Saldanha foi um dos convidados da jornalista Leda Nagle para participar do programa Sem Censura do dia 24 de março de 2011. No debate foi possível apresentar algumas informações importantes sobre Gestão de Multidão ajudando a disseminar este assunto ainda pouco tratado pelos nossos gestores.
Em breve estaremos disponibilizando videos com os melhores momentos!!!!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fogo no Samba


No dia sete de fevereiro fomos acordados com a triste notícia de que um incêndio havia destruído carros e fantasias de três escolas de samba do Grupo Especial.

Uma semana antes eu havia visitado um barracão de uma escola de samba. O trabalho nas alegorias ia de vento em popa, sem maiores anormalidades. A normalidade significava que soldas estavam sendo feitas num chassis de um carro já forrado com compensado mas sem nenhuma medida preventiva contra um possível surgimento de um foco de incêndio. Alertei o responsável pelo barracão de que um extintor deveria estar próximo para qualquer eventualidade.

Não sei se o extintor foi colocado à mão, tenho cá minhas dúvidas. Prevenção não faz parte dos hábitos de um barracão.

Esta minha preocupação é antiga. Achava que com a Cidade do Samba o risco fosse ficar reduzido a um nível aceitável.

Ledo engano. Em 2010 estive na Cidade do Samba e constatei que as instalações prediais eram mais seguras assim como constatei que haviam sprinklers (se eram testados e se funcionavam a contento não sei dizer). Mas o modo de produção continuava o mesmo.

Um barracão de uma escola de samba lembra uma fábrica do início do século XX. A sujeira impera e faz parte do cenário.

Um chão coberto por refugos de fantasias e de alegorias é um chão perfeito para propagar um incêndio e causar acidentes. Com exceção das ferragens dos carros todo o material que se utiliza num desfile é de fácil e rápida combustão. O ambiente de um barracão tem que ser gerenciado como sendo um ambiente de alto risco de incêndio. Esta gestão pressupõe um rigor no estabelecimento de um ambiente de produção seguro onde vidas, patrimônio e sonhos sejam preservados.

Que o recado do dia sete de fevereiro seja bem entendido pelos gestores do nosso carnaval. Considerando as probabilidades, o desastre foi pequeno pois ninguém saiu ferido. Foi sorte.